Com uma década de atuação no setor solar, a Renovigi é pioneira. De forma que foi uma das primeiras empresas brasileiras a apostar na geração de energia fotovoltaica e ter os primeiros sistemas instalados pelas empresas credenciadas no país.
A princípio, formada por um grupo de empresários de Chapecó (SC), a companhia surgiu em 2012, mesmo ano em que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) lançou a Resolução 482. A mesma permitiu a produção própria com injeção na rede e bonificação por créditos.
O pioneirismo trouxe a inovação, e hoje, a energia solar já conta com 27,8 GW de potência instalada (70% em geração distribuída). De modo que representa 12,6% da matriz elétrica* brasileira, segundo dados da Absolar.
Porém, tudo isso não teria acontecido se não fosse por um elemento fundamental: os primeiros clientes que tiveram a visão para investir em uma empresa nova. Ainda que a mesma trouxesse uma solução de energia renovável extremamente recente no país.
Primeiros sistemas fotovoltaicos Renovigi
Assim, o morador de Chapecó (SC), Luiz Silvio Scartazzini, foi um deles. Em 2013, ele acompanhou de perto o nascimento da Renovigi. Como professor e pesquisador do núcleo de Ciências Renováveis do IFSC, adquiriu os primeiros módulos para projetos da universidade.
Com doutorado em Engenharia Civil, Luiz realizava, desde 2008, pesquisas sobre energias renováveis, com foco em Pequenas Centrais Elétricas (PCHs) e geração solar. Contudo, na época, tudo era experimental.
Afinal, ainda não era permitido injetar na rede distribuidora. Uma vez que a energia gerada pelos sistemas fotovoltaicos era consumida internamente e descarregada em um banco de baterias.
Imediatamente, entre 2012 e 2013, Luiz foi o responsável pela compra dos equipamentos revendidos pela Renovigi. Os mesmos foram utilizados em três projetos desenvolvidos pela universidade.
Além disso, o primeiro foi um sistema fotovoltaico off grid, instalado em uma região rural no município de Nonoai (RS), cujo forte se direciona à produção de gado de leite.
Primeiros sistemas foram investidos em projetos universitários
A princípio distante da linha de transmissão, o produtor sofria com quedas recorrentes de energia. Assim, a ideia era que o nobreak formado por um banco de baterias, alimentado pelo sistema solar, entrasse em operação a cada falta de energia da distribuidora.
Ao passo que, o segundo projeto consistiu no desenvolvimento de um protótipo de telhado solar que acompanhasse, de forma mecânica, a direção do sol. De forma que houvesse 100% de aproveitamento da incidência da luz.
Contudo, já para o terceiro, foram compradas placas menores, para a criação de um veículo para cadeirantes movido a energia solar. Além disso, todos os projetos geraram estudos que foram publicados pelo IFSC.
“Na época, a gente estava trilhando um caminho novo, realizando experimentos para entender como aproveitar melhor o potencial energético da fonte solar”, contou.
Investimento em energia solar dribla quedas de energia elétrica
Na época, o Brasil vivia a iminência de uma crise energética com seguidas secas. Assim, começou-se a perceber que uma matriz baseada predominantemente em geração hídrica não seria suficiente.
Neste contexto, a produção de energia utilizando fontes alternativas como a biomassa, a eólica e a solar começaram a receber o incentivo de políticas públicas. Segundo Luiz, “a falta do apoio governamental fez com que o país demorasse a ter geração solar.”
“Temos os consumidores, o sol, e o espaço para a instalação. O que faltava era o incentivo do governo para que o empresário tivesse a visão de entrar neste negócio – o que foi feito em 2012 quando a ANEEL liberou a geração de energia pelo consumidor”, avaliou.
Com isso, somando estes três itens – incentivos governamentais, investimento empresarial e consumidor -, a geração solar deu seus primeiros passos no Brasil, tendo a Renovigi como uma das pioneiras do setor.
Primeiros sistemas fomentaram a geração residencial
Nesse interim, em 2017 a empresa lançou o programa “Minha Energia vem do Sol”. Tratava-se da divulgação de propostas para geração distribuída em residências com pequeno e médio consumo, ou seja, para instalação de sistemas com 6, 8, 10 ou 12 placas.
Assim, já com conhecimento adquirido por meio das pesquisas na universidade, Luiz adquiriu o sistema para a sua casa com o qual produz energia até hoje. “Era solicitado, entre outros documentos, a última fatura da energia elétrica para o cálculo da potência do projeto”, relembra.
Inicialmente, foi instalado um sistema com 10 painéis com capacidade de geração total de 3,2kWp. Porém, o conjunto de inversores atingia uma potência de 2,5kWp, subestimados para a capacidade de geração dos módulos.
Com isso, a geração de energia que produz hoje equivale a cerca de 80% do seu consumo. Contudo, poderia chegar aos 95% se, na época, tivesse inversores mais potentes de 5kW ou 4kW. “Como era o começo, as coisas foram se ajustando”, recorda.
Hoje, no entanto, a Renovigi já trabalha com inversores em string com potência de até 125 kW. Recentemente, também lançou o microinversor de 2000W, que pode ser instalado no telhado e permite o controle a cada combinação de painéis.
Origem da Renovigi no segmento solar
Berço da Renovigi, a Nord tem 30 anos de mercado na fabricação de painéis eletrônicos para equipamentos. De forma que foi uma das primeiras empresas a instalar um sistema de geração solar em Chapecó (SC).
Diretor e sócio da Nord, Marcísio Marzari conta que ele e seu sócio, Nelson Akimoto, sempre investiram em sustentabilidade. Com isso, estabeleceram a preocupação ambiental como um norte para a companhia.
Assim, há 12 anos, quando construíram o prédio, colocaram um gerador eólico, além de comprarem duas placas solares de 40 Watts.
“A Nord foi uma das primeiras empresas a utilizar a energia solar. E a Renovigi começou dois anos antes da homologação da lei. Nosso sistema funcionou quase como se fosse uma planta técnica. Nós apostamos porque sabíamos que iria crescer e que daria retorno financeiro”, contou.
Inicialmente, a Nord instalou um sistema de 5kWp e depois fez uma expansão para um de 20kWp. Portanto, opera hoje com os dois inversores e cerca de 80 placas de 250 watts. Com isso, a energia solar corresponde a 65% do consumo da fábrica.
A energia solar surgiu como uma fonte energética alternativa
Segundo Marzari, o sistema funciona bem e só não é ampliado por falta de espaço físico. “Sou um grande apoiador da energia solar. Na época da criação de Renovigi, o país atravessava uma crise elétrica e começou-se a investir em fontes alternativas.”
“A energia solar é a mais rápida, em um mês você consegue instalar um sistema. Na Nord tivemos poucos problemas. Com mais de 10 anos, estamos muito satisfeitos com a performance e geração de energia do sistema que adquirimos lá atrás”, afirmou.
Para o diretor, a aposta em energias renováveis constitui um caminho sem volta. “É a evolução que o mundo pede. Acredito que, se pudermos investir em algo que vai reduzir os danos ao meio ambiente, devemos fazê-lo.”
Com a energia solar temos a chance de economizar na conta de luz sem destruir o meio ambiente. É isso que defendo”, concluiu Marzari.
“A Renovigi, como pioneira no setor, se coloca como um dos principais players do mercado e chancela o compromisso junto aos seus clientes com sistemas rodando há mais de 10 anos no país”, comentou o gerente executivo da Renovigi, Guilherme Costa.
Guilherme ainda afirma que isso é um “ponto importante para uma linha de produtos que possui atualmente garantia de até 25 anos de eficiência nos painéis”.
Veja também: Renovigi reconhece potencial de crescimento de mercado fotovoltaico no Nordeste e investe na Região. Confira os detalhes!