São inúmeros os atrativos para investir em energia solar. A contenção do aumento da conta de energia, por exemplo, é um dos principais motivadores na busca pelo sistema fotovoltaico. No entanto, quem tem baixo consumo precisa avaliar com mais critério para colher os benefícios.
É claro que, no que se refere à sustentabilidade e às alternativas para diminuir o impacto no meio ambiente, toda benfeitoria estrutural é válida e importante. Ainda assim, não exclui uma avaliação mais criteriosa, especialmente por se tratar de um investimento alto.
Então, como analisar se adquirir o sistema fotovoltaico é vantajoso para o seu consumo de energia? Abaixo listamos alguns pontos importantes para sua ponderação. Confira:
Pouca diferença do custo de disponibilidade
A convicção de que o sistema fotovoltaico zera a conta de luz é um grande equívoco de quem busca a solução. Além de haver a intermitência solar, cuja captação depende do período de exposição do sol e de boas condições meteorológicas, há também o custo de disponibilidade (CD).
Assim, quando o consumo de energia é menor ou próximo ao CD pode não ser tão atrativo. Isso porque é necessário pagar uma taxa mínima em que são somados encargos como, por exemplo, a iluminação pública. De modo que a pouca diferença não seja vantajosa diante do investimento.
Além disso, com a vigência da Lei 14.300, há que se considerar a taxação pelo uso da rede de distribuição, chamada de “Fio B”. Nesse âmbito, se o consumo de energia somado à parcela do Fio B, na compensação, for menor que o Custo de Disponibilidade, paga-se apenas o CD.
No entanto, em sentido inverso, se a soma for maior, pagam-se ambos e o Custo de Disponibilidade não precisará ser pago. Ainda assim, pode não ser interessante para quem apresenta baixo consumo na conta de energia elétrica.
Maior tempo de retorno do investimento
O dimensionamento do projeto varia de acordo com o consumo de energia mensal. Por conseguinte, ele influencia no valor e no tempo de retorno do investimento (payback). Logo, quanto menor o projeto mais longo será o payback, principalmente com o vigor da Lei 14.300.
Em outras palavras, o baixo consumo não impossibilita o investimento em energia solar, mas levará um tempo maior para usufruir sua economia. Dado que, com a regulamentação da geração distribuída, houve um acréscimo de 8 meses no período de payback estimado.
Assim, para projetos residenciais o payback médio é de 6,5 a 7,1 anos. Já para os comerciais são de 4,7 a 4,8 anos. Por isso, os custos iniciais da instalação podem ser proibitivos para algumas famílias e empresas, principalmente se não têm acesso às linhas de crédito disponíveis.
Inadequação estrutural do telhado
A estrutura da casa ou do comércio também influenciam na decisão de investir ou não. Em especial se o local é afetado por sombreamento ou conta com telhado em direção desfavorável e não consegue compensar com outra solução de dimensionamento por falta de espaço.
Outro ponto é o formato do telhado, sobretudo em residências, que tendem a ter muitos recortes (chamados de áreas de água). Posto isso, seria necessário optar por sistemas que permitem maior personalização, como os com microinversor – e os mesmos tendem a ser mais custosos.
A condição do telhado e a infraestrutura elétrica também são fatores que impedem a instalação do sistema fotovoltaico com a segurança recomendada. Assim, se forem muito antigos, por exemplo, podem não suportar o peso das estruturas e a carga do sistema, respectivamente.
Além disso, se for necessária uma reforma no mesmo e/ ou adequar toda a instalação elétrica pode tornar o investimento não tão econômico quanto o desejado de início.
Veja também: Benefícios de investir em uma fonte de energia sustentável como a energia solar fotovoltaica. Confira os detalhes!