O expressivo aumento do custo da energia elétrica resulta num momento em que o País enfrenta uma crise hídrica que gerou, no fim de junho, reajuste de 52% a cada 100 kWh consumido na bandeira vermelha, passando de R$ 6,25 para R$ 9,49. Agora, dois meses depois, novo aumento busca atender a falta de chuva que levou a níveis críticos os reservatórios das hidrelétricas. Identificada como “escassez hídrica” a nova bandeira, que já está em vigor e valerá até 30 de abril de 2022, representa mais 49,6%, saindo dos R$ 9,49 para R$14,20, a cada 100 quilowatts consumido. O sinal de alerta ultrapassa um aumento de 100% e leva a busca por alternativas, a exemplo da energia solar.
“Hoje as pessoas pensam em ter o plano B, investir em um imóvel ou na bolsa de valores, eu diria que em cima do seu telhado você pode ganhar um bom dinheiro e deixar de pagar boa parte da energia sem fazer absolutamente nada,” aconselha o empresário Jurandir Floss da Silva da mecânica Pointer de Chapecó.
O sistema instalado em janeiro de 2020, está há mais de 1 ano em funcionamento e atende todo gasto de energia elétrica da mecânica, da residência e de uma casa de campo. São 45 módulos de 340W e 1 inversor Renovigi de 20kW totalizando uma potência de 13.30kWp. A vantagem é tamanha que o cliente já conta com créditos acumulados na rede, conforme destaca Rafael Biondo, da Biondotech Energia Solar, empresa credenciada Renovigi em Chapecó/SC responsável pelo projeto e instalação. A geração média mensal é de 1221khw/mês que resulta numa economia média de R$550,00 mês. Antes do sistema fotovoltaico, o gasto com a conta de energia elétrica era de aproximadamente R$ 650, após, o valor caiu para R$ 114, ou seja, uma economia de aproximadamente 90%.
“Água e luz você nunca deixa de pagar. A energia solar trouxe economia para nossos negócios e foi um dos fatores decisivos. Gastamos hoje apenas 10% do que gastávamos antes e além de economizar, estou ganhando dinheiro,” acrescenta. Só em Chapecó, a Renovigi Energia Solar, líder na fabricação de sistemas fotovoltaicos no Brasil, já instalou mais de 230 sistemas fotovoltaicos.
O investimento na mecânica Pointer contou com o apoio do Sicoob, cooperativa parceira da Renovigi. “A intenção inicial do Jurandir foi substituir o gasto com a fatura de energia elétrica no pagamento da parcela do financiamento. Com o orçamento em mãos, fizemos algumas simulações e chegamos a uma proposta de acordo com o planejamento do cliente. As parcelas são decrescentes e o valor pago é de aproximadamente R$ 650”, explica Robson Rossoni, gerente da conta do empresário.
Enquanto a superintendente do Sicoob Maxicrédito, Jussara Maria Bertol, complementa a disponibilidade de qualquer pessoa física e jurídica financiar, associados ou não. “Acreditamos no desenvolvimento das comunidades onde estamos inseridos e, a partir do momento que o Sicoob financia um sistema de energia solar, além da redução dos custos do cliente, cumprimos nosso proposito de auxiliar no desenvolvimento dos nossos associados,” destaca Jussara.
Além do projeto, o Siccob também viabiliza a mão de obra, desde que esteja inclusa no orçamento. Sobre a taxa de juros, a superintendente explica que cada projeto depende do perfil do associado e mediante a uma análise de cadastro. “Buscamos entender a necessidade e, a partir disso, analisamos a melhor opção de financiamento.”
Somente em Chapeco são 12 agências e mais de 40 mil associados ao Sicoob Maxicrédito. A nível de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, são mais 94 agências e mais 210 mil associados.
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC