Nordeste de versos, cores e sabores

Os versos da música “Andar com fé” de Gilberto Gil fazem qualquer um se emocionar à sombra de uma Aroeira pela letra com características únicas de um povo rico em costumes, crenças e tradições. Não diferente o Dia do Nordestino, comemorado neste 8 de outubro, é outra forma de homenagear a cultura e os grandes artistas que tem o nordeste como berço. O destaque da data é o reconhecimento à Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, poeta popular, cantor e compositor cearense, ícone do século XX. O nordeste ainda é pai de Luiz Gonzaga, conhecido como o Rei do Baião, autor de centenas de músicas marcantes pela beleza de versos, além de tantos outros artistas.

Composta pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, a região Nordeste se diferencia pelas características singulares, a pluralidade de cores e sabores, as belezas naturais que formam uma paisagem de encantar os olhos de qualquer visitante. Cada espaço com seus diferenciais, jeitos e tradições, seja de falar, andar ou do preparo das comidas sempre regadas a muito tempero forte e apimentado, um alhinho daqui e um coentro de lá.

As delícias gastronômicas vão da terra ao mar e o menu inclui moqueca, cuscuz, mugunzá, tapioca, acarajé, vatapá, baião de dois, macaxeira, pirão e carne de sol. Um bolo de milho quentinho batido no meio da tarde que acompanha uma caneca de café passado no coador de pano. Sem esquecer da famosa buchada de bode, do sarapatel e do feijão verde, comum em todas as regiões, principalmente nos sertões onde plantam o feijão de corda.

É difícil falar sobre o nordeste sem lembrar das festas tradicionais de Carnaval e São João, embaladas com um bom forró e baião, música até o amanhecer e comida boa. O clima  tropical que dura o ano inteiro, é como a alegria de qualquer nordestino, forte por natureza que enfrenta as diversidades sem perder o encantamento da vida.

Entre as riquezas também está a produção de artesanato como as carrancas –escultura em forma humana ou animal produzida em madeira, roupas, calçados e bolsas feitas pela produção de couros e o artesanato indígena, cerâmicas com palhas e madeiras. A região nordeste também é potencial em termos econômicos. O estado da Bahia assume 95% da produção de cacau no Brasil. O Rio Grande do Norte colaborou com 43,2% da produção nacional de camarão, enquanto o Ceará produziu com 28,5% equivalente a 13,05 toneladas.

O supervisor de vendas regional Nordeste da Renovigi, Udean Lucena além de vínculos afetivos carrega vínculos familiares com o Nordeste. O avô paterno é baiano e avó pernambucana. “O nordeste é um coração aberto pronto pra acolher com simplicidade e prestatividade quase impossível de se encontrar em outro lugar. Cada experiência que vivencio com essa região faz com que me sinta mais perto dos amigos parceiros e também das minhas raízes que são de lá. O nordeste prospera em tudo que falta no mundo e onde muitas vezes seria motivo de amargura, se torna armadura pra combater as dificuldades do cotidiano em busca de um amanhã melhor”.

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp