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Especial Renovigi: Ser mãe é ter uma razão para viver o resto da vida

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Ser mãe é um dom ofertado às mulheres que se entregam de corpo e alma para gerar, dentro de si, um novo ser humano, ou melhor, um novo amor. Uma pergunta clichê, típica desta época do ano, “O que é ser mãe para você”, revelou a história de um pequeno guerreiro e uma super mãe.

O que pareceria ser apenas um registro das mamães que trabalham na Renovigi, acabou representando muito mais que isso. Há cerca de 900 km de distância da matriz da empresa, que fica em Chapecó, conhecemos um pouco mais da história de Mariângela, colaboradora da unidade de Louveira, no estado de São Paulo. A mamãe de primeira viagem, se emociona ao lembrar das lutas que enfrentou desde o nascimento do pequeno Pedro.

De origem grega, Pedro significa pedra, rochedo; E destas caraterísticas de ser forte e sólido, ele foi responsável, já nos primeiros dias de vida, em lutar para permanecer ao lado de sua família. Entre as notificações de novas mensagens do celular, Mariângela revela o milagre do nascimento de seu primeiro filho.

“Impossível não se emocionar, cada vez que lembro dele. Ser mãe é superar todos meus medos.”, afirma.

A sensação de segurar o filho no colo após o nascimento, é marcante para todas as mamães. Mas para ela, teve um significado ainda mais especial. O desejo de ter seu filho em seus braços foi adiado devido a um nascimento prematuro. Pedro nasceu com 33 semanas.

“A minha gravidez foi planejada, até o dia que eu acordei sangrando. Fui para o hospital e descobri que já estava com três dedos de dilatação.”, lembra.

O pequeno passou seus primeiros 22 dias de vida internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Sem aquela sensação de poder leva-lo para casa, ela lembra com emoção, como foi o primeiro contato com o filho, que durou poucos segundos.

“O Pedro nasceu às 18h25. Eu olhei para ele, só deu um cheirinho e ele já foi para a UTI. Eu consegui ver ele novamente era meia noite.

Muito frágil, lutou bravamente por sua recuperação, aos cuidados singelos e atentos de sua mãe que o observava por trás do vidro. Em um texto, que Mari diz representar o que vivenciou neste período, ser mãe de prematuro “é não segurar seu filho nos braços quando ele nasce. É ser viciada em um monitor, e sentir sua cria pela ponta dos dedos esterilizadas em álcool em gel.”

A conversa já havia tomado outro rumo. Não era apenas mais um homenagem ao dia das mães, mas sim, a transformação diária destas guerreiras que lutam bravamente pela vida de seus filhos. Com uma voz emocionada, e com coração apertado, Mariângela descreve como foi a primeira vez que conseguiu pegar seu filho no colo, após a bondade de um enfermeira.

“Naquele dia, a enfermeira olhou para mim e me disse que eu não poderia, mas ela me deu o Pedro para segurar. Ele saiu da incubadora e veio para meu colo. Eu só podia agradecer a Deus por ter ele ali naquele momento. Tão pequeninho, tão frágil.” relembra.

Ela só pode pegar seu filho realmente no colo após três semanas do nascimento. O que para uma conversa durou poucos minutos, para a vida da mamãe relembrou momentos que pareceram uma eternidade. Em uma foto que retrata seus dois meses de vida, Pedro se aconchega e quase se esconde no colo da mamãe Mariângela. O pequeno guerreiro venceu sua primeira batalha e encheu de fé e esperança a vida da família que havia se formado.

O bebê de 1,780 kg, hoje é um garoto lindo de cabelos escuros e cacheados, que rouba sorriso fácil. Canceriano, trouxe um novo significado para o dia das mães da Mariângela, e todas aquelas mamães que, como ela, lutaram desde o início pela vida de seus filhos. “Que a minha história, sirva de encorajamento para outras mamães.”, afirma.

E em resposta a pergunta que iniciou o desfecho desta história, ser mãe para ela é “ter uma razão para viver o resto da vida, é ver o coração bater de fora do meu peito.”

 

*Karina Echer

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