Cada vez mais chefes de família com menor poder de compra e pequenos negócios apostam na própria geração solar. Isso posto, ao fazerem as contas, os mesmos concluem que o investimento em casa significa economizar boa cifra na conta de luz todo mês.
O Banco da Família, por exemplo, instituição de microcrédito de Lages que atua em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, é um dos financiadores desses projetos. Uma vez que tem registrado procura crescente dessa linha de crédito pelo público.
Ao mesmo tempo em que ocorre esse avanço, a procura segue alta entre os bem informados com renda média ou alta. Assim mostra uma pesquisa da empresa catarinense Renovigi Energia Solar.
Financiamentos para geração solar alcança 75%
Segundo o Banco da Família, em 2022, a procura por financiamento cresceu 126% frente ao ano anterior em volume de recursos emprestados. Nesse âmbito, até o início do mês de julho, o montante emprestado para usinas solares chegou perto de 75% do total de todo ano de 2022.
Entre as empresárias à frente de pequenos negócios que optaram pela usina solar está Neusa Jeremias, de Lages. Ela decidiu investir em usina para reduzir a conta de luz da confecção que mantém em casa.
Ela informa que fez um empréstimo de R$ 15 mil no Banco da Família para instalar o equipamento. Revela que a conta de luz, que estava em R$ 460,00 por mês, agora caiu para menos de R$ 100 por mês.
Para ter mais oferta de placas solares, com preços mais acessíveis aos seus clientes, o Banco da Família fez parceria com fornecedores desses produtos. Entre as empresas parceiras está a NeuStrom, de Lages.
O sócio da NewSTrom, Guilherme Schwedler, destaca que desde o ano passado a empresa vem registrando um número maior de clientes com menor poder aquisitivo, enquanto em 2021 eram adquiridos sistemas maiores. Segundo ele, este ano segue a alta procura por projetos menores.
Os investimentos em geração solar distribuída, em residências, empresas, propriedades rurais e em outros estabelecimentos continua em alta este ano e deve seguir assim nos próximos.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Abesolar) estimou que os investimentos nesse segmento devem somar R$ 50 bilhões este ano.
A geração solar este ano deve chegar a 34 GW. Desse total, 22 GW, isto é, 66,4%, virá de pequenas e médias usinas na chamada geração distribuída, informou a Abesolar.
Bem informados investem em geração solar
A geração solar segue atraindo, há mais tempo, famílias das classes média e alta. Muitas estão instalando usinas solares para economizar até perto de R$ 1 mil por mês.
Avaliam que essa economia consiste nova fonte de renda na aposentadoria ou também a usina vai garantir economia de recarga de energia, quando comprarem carro elétrico.
Pesquisa feita recentemente pela Renovigi, empresa catarinense que é uma das líderes nacionais em fornecimento de usinas solares residenciais e comerciais, confirma que pessoas bem informadas estão investindo mais em geração solar.
Do total de clientes da empresa que responderam questionário este ano, 32% tinham curso superior completo, 31% tinham também pós-graduação, 24% com ensino médio completo, 5% mestres e 5% doutores. Somente 3% tinham apenas ensino fundamental.
Considerando as faixas de renda, 26% somavam remuneração mensal familiar entre R$ 10.422,74 a R$ 22.716,99; seguidos por 25% com renda entre R$ 5.449,60 a R$ 10.427,74; e 24% com remuneração entre R$ 3.042,47 a R$ 5.449,60.
A pesquisa apurou ainda que praticamente 100% das residências tinham mais de um familiar morando. Normalmente pais e filhos ou vários parentes. Dos que investiram em geração solar, 74% eram homens e 27%, mulheres.
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Fonte: Estela Benetti | NSC Total