O agronegócio é um dos setores que tem se beneficiado com a luz do sol. Uma aliada para geração sustentável, redução de custos com energia elétrica e aumento da competitividade, com o valor da economia é possível investir na propriedade. No caso da BCG Agronegócio não foi diferente. Os empresários Cleomar e Marcelo Graciani, Nadir José Cervelin e Jandir Biavatti apostaram nessa fonte para a granja de suínos e instalaram, ainda no início do ano, um sistema fotovoltaico.
O projeto, elaborado pela BiondoTech, empresa credenciada Renovigi em Chapecó, foi homologado pela concessionária de energia elétrica Celesc, em 9 de março. Conta com 160 painéis de 440W e 8 inversores Reno5KPlus que resulta numa geração média de 8 mil quilowatts/mês. Anteriormente o gasto mensal ultrapassava os R$ 7 mil, valor que reduziu para taxa considerada mínima, em torno de R$ 700 mês. Esse valor representa uma economia próxima a 80% no gasto com a conta de luz. “Os módulos instalados são com a nova tecnologia Half Cell (aumento da potência de saída), o projeto não foi maior em função da limitação de potência do transformador por ser uma rede bifásica,” explica Rafael Biondo, diretor da BiondoTech.
A propriedade, localizada na Ipiranga, interior do município de Cordilheira Alta/SC, conta com 30 hectares e preconiza a agropecuária sustentável. “Nosso conceito é de preservação em todos os aspectos, tratamento de dejetos, a fertirrigação para fertilização do solo, coleta e tratamento da água da chuva, inovação dentro da criação de animais – a água que os porquinhos consomem é a mesma que consumimos,” explica Nadir José Cervelin, um dos sócios e acrescenta, “é o princípio do bem-estar animal onde ele responde com a produtividade.” Os empresários também pretendem ampliar o ramo de atividade e investir na criação de gado ou na produção de feno.
Com sistema automatizado a produção da BCG atende demanda do mercado internacional e a creche de suínos conta com 12 mil leitões que chegam logo após o desmame, 21 dias e permanecem por aproximadamente 50. Os cuidados envolvem alimentação, climatização dos galpões para atender o bem-estar animal, água, higiene das baias entre outros.
Experiência acumulada na agroindústria, Cervelin aposta na energia solar como alternativa para um dos segmentos que abastecesse o mercado de proteína animal no mundo. “Acredito na energia solar porque é algo que a natureza nos oferece de graça e pelo impacto fundamental no crescimento do nosso País. É uma excelente alternativa para agricultura, redução do custo operacional e por não demandar gastos com fiação.”
Enquanto o sócio Marcelo Graciani formado e pós-graduado em economia, pontua o desafio inicial em otimizar os custos de investimento. “Avaliamos outras fontes de energia renovável, a exemplo dos dejetos de suínos, mas, ponto de vista financeiro e pelo valor agregado, optamos pelo solar, aliado a credibilidade no trabalho da Renovigi, a equipe de logística com a entrega antecipada do material e a BiondoTech pela eficiência em todas as vezes que necessitamos de apoio.”
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC