O rebanho de Timbaúba

“Quando criança na frente da casa do meu pai, em Ibiraiara tinha uma árvore, uma Timbaúba, ao adquirir essas terras resolvi homenagear meu Rio Grande amado,” conta Enedi Zanchet ao ser questionado pela definição do Sitio Timbaúba. A propriedade com mais de 30 hectares está localizada na comunidade de São Luís, município de Arvoredo, Santa Catarina. Também conhecida popularmente como timbaúva, timboril, timbó e orelha-de-macaco (pelo formato das folhas) não traz apenas lembranças afetivas e encanto aos olhos pelo tamanho e exuberância, o carinho é tanto que Zanchet atribuiu ao sobrenome das vacas.

“O Ministério da Agricultura estabelece um registro dos animais como se fosse um acompanhamento de desempenho, das características produtivas e reprodutivas, um sobrenome que traz as informações do rebanho. Todos os meus animais são registrados e eu coloquei Timbaúba, só eu posso usar esse sobrenome no Brasil,” diz.

Forte produtor de leite na região, Zanchet conta com 44 animais na ordenha que acontece 3 vezes ao dia e geram aproximadamente 1.000 litros. Ao mês o número chega a 30 mil litros e o trabalho feito de segunda a segunda emprega três famílias. Formado em medicina veterinária, o empresário do campo também é da cidade, diretor da Asserpec Assessoria Agropecuária também é envolvido com entidades representativas a exemplo do Núcleo de Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e Associação Catarinense de Criadores de Bovino (ACCB) onde assume a presidência.

CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

Aos 70 anos que parecem 60, Zanchet não é adepto apenas aos cuidados com saúde, mas com o espírito. “É uma atividade que me mantém vivo, caminho, penso, raciocino, cuido das plantas, das árvores e dos animais. Brinco que não sobra tempo para pensar em coisa ruins.”

O Sítio Timbaúba demonstra na prática a preocupação ambiental. Têm aproveitamento da água da chuva e agora contará com um sistema de energia solar. “É uma energia limpa e não requer exploração de rios e da natureza, uma ideia compatível com o que acredito em termos de preservação ambiental, por isso escolhi a energia solar. O Brasil é um país abundante em recursos naturais, ainda vejo algumas dificuldades, principalmente na adequação da rede elétrica junto a concessionária, o processo deveria ser mais favorável e não dificultoso,” avalia o empresário.

ENERGIA SOLAR

O Sítio Timbaúba tem um gasto de aproximadamente R$ 2.500 reais em energia elétrica, maior parte com a ordenha mecânica e o sistema de refrigeração das vacas leiteiras. O projeto fotovoltaico foi elaborado pela Domuss Energia Solar, credenciada Renovigi em Chapecó. Conforme explica o diretor Lucas Jose Frizon, consiste em 140 painéis de 335W policristalinos da Reno-335P – Poli – Full Cell e um inversor de 40,0 kW modelo Reno-40-NG com 12 anos de garantia. A geração estimada é de 5.600 kW/h/mês, que representará uma economia mensal de R$ 2.968,00. “Se fizermos uma análise em um ano, teremos uma geração de 67.200 kW/h e economia de R$ 35.616,00, ou seja, um investimento que vale a pena e payback de aproximadamente 4 anos.”

Frizon também destaca o compromisso e a individualidade de cada projeto. “A Domuss traz como lema que um projeto bem-feito vale por dois. Buscamos precisão desde a etapa de prospecção para que o projeto seja bem-feito e adequações na hora da instalação, proporcionando um investimento seguro, com custo/benefício e sustentabilidade.”

Em fase final de instalação, os painéis foram instalados no telhado do compost barn, uma espécie de confinamento e se comparado a residências, poderiam atender até 36 casas de médio porte.

Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC

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