
O que leva alguém deixar sua referência de lar e vínculos sociais e afetivos para cuidar do outro totalmente desconhecido e vulnerável? Muitas são histórias de quem têm na essência o amor genuíno como Madre Tereza de Calcutá – símbolo de bondade, Zilda Arns – criadora da Pastoral da Criança e Dorothy Stang – referência pela atuação vigorosa em defesa ao reflorestamento. Muitos são os exemplos de quem decidiu abrir mão do tempo com a própria família para ajudar quem precisa. Jorge e Cássia embarcaram nessa viagem, literalmente, e saíram do Rio de Janeiro para contribuir no Distrito Federal. A distância de mais de mil quilômetros foi por uma boa causa.
“Somos de Petrópolis e trabalhávamos numa instituição, quando nos convidaram para assumir o desafio de abrir um espaço no mesmo formato e com a mesma filosofia. Já se passaram 12 anos desde que surgiu a Vila do Pequenino Jesus em Brasília,” conta o coordenador Jorge Eduardo Deister conhecido como Jorginho.
O espaço acolhe pessoas de todas as idades. Bebês, crianças, jovens e adultos com diferentes tipos de deficiência física e intelectual. Recebem atendimento personalizado, qualidade de vida e como diz Jorginho, a referência de família. “Infelizmente na sociedade de hoje as pessoas só valem enquanto produzem, depois, é como se fossem descartáveis e, para os especiais, o espaço é ainda mais limitado. A vida não é isso, é a pessoa por inteiro. Digo que a Vila existe como um socorro, da busca dos direitos, de uma voz onde muitos deles nem conseguem falar. A maioria dos acolhidos estão em situação de abandono e aqui eles são tratados com toda dedicação e amor, como deve ser em uma família.”
A preocupação vai além. Jorginho não queria apenas uma casa no sentido comum. “No início seria Casa do Pequenino Jesus, mas ficaria associada a casa, ah estou indo lá na Casa, mas que casa? Pode ser da tia, da vó, do primo. Queria algo que marcasse e que fosse fácil associar. Foi quando surgiu a Vila,” conta.
Nas vilas a característica de moradia é mais ampla, proximidade com os vizinhos e compartilhamento do espaço. Na do Pequenino Jesus, são 6 casas e 72 acolhidos construídas uma ao lado da outra. Eles são encaminhados pela Vara da Infância e da Juventude (VIJ) ou pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). Nessa grande família além de Jorginho e Cássia, estão os filhos Bernardo (8) e Francisco (6). “Somos uma verdadeira família, moramos com eles, meus filhos vivem isso e minha intenção é formar duas crianças boas para o mundo, que consigam enxergar o próximo com dignidade.”
ESCOLHAS
Filho de pais tradicionais e família religiosa, Jorginho teve uma juventude conturbada. Más companhias e influência do espaço onde morava, contribuíram para caminhos que geraram dor. “Conheci um mundo diferente do que estava acostumado. Quando adolescente entre os 18, 19 anos, perto da minha casa tinha uma boca de fumo, passei a traficar e vender bebidas. Estava ganhando dinheiro, ficando conhecido no meio quando também surgem as vaidades. A bebida não era suficiente e queria algo mais forte, usei maconha e me apresentaram a cocaína, conheci muitos traficantes e vi coisas absurdas. Fui preso, menti para os meus pais e descobri que não tinha amigos,” lembra.
Com as experiências tirou várias lições. “Já tinha conhecido o caminho de Deus, mas não firmado dentro de mim. Sabia que não poderia continuar naquele mundo e digo que um acampamento juvenil da igreja foi o divisor de águas para minha transformação espiritual,” revela. Aprendeu a valorizar a vida na essência e desenvolveu profunda identificação com os problemas dos semelhantes. “Na minha infância levava bolo para as pessoas de rua, fui criado com esse amor pelos mais pobres e me sinto feliz em morar num lugar que posso ajudar as pessoas.”
CHORO DO ARREPENDIMENTO
“Algo que chama minha atenção é quando um deles morre, muitas famílias vão ao enterro e choram muito, choram pelo que não fizeram. Não temos o mesmo sentimento porque oferecemos tudo que podíamos em vida. Brinco que o relacionamento é até que a morte nos separe, temos a curatela deles e somos nós que carregamos o caixão, rezamos a missa de sétimo dia e finalizamos essa etapa. Eles continuam no nosso coração e nossa lembrança,” revela.
Sobre o maior aprendizado, Jorginho atribui dar a vida por eles. Aos 46 anos, diz que sua formação é a realidade que conheceu no mundo, enquanto a esposa Cássia, fisioterapeuta formada, auxilia na administração e atendimentos dos acolhidos. “Poucas pessoas sabem lidar com essas situações, porque não tem perspectivas de melhora. Acolhemos os que dão mais trabalho, os que não tem nada e ninguém para, a partir disso, devolver a dignidade.”
ESTRUTURA E APRENDIZADOS
Localizada no bairro Lago Sul, no Distrito Federal, a Vila do Pequenino Jesus é uma instituição sem fins lucrativos que recebe pequeno repasse financeiro governamental, realiza ações solidárias e conta com doações da comunidade. São 137 funcionários para atendimento 24h entre cuidados de higiene, alimentação e assistência à saúde.
Jacqueline Lopes da Silva acompanhou de perto o crescimento da Vila. “Entrei uma menina, como cuidadora e cresci com ela. Já são 11 anos,” lembra a técnica de enfermagem de 39. O cuidado com o outro é a área que escolheu como formação. O trabalho se tornou prioridade e ainda se emociona ao falar dos acolhidos, que identifica carinhosamente como crianças. “Se me perguntassem se trocaria a Vila por outro lugar, digo que não, nem pensar. Quando estou lá – trabalha no formato de plantão 12×36 – me sinto completa, tenho paz e harmonia. Acho que cuidar das “crianças” é um aprendizado gratificante, como numa escola onde todos os dias você volta para casa com algo novo. Tem os momentos difíceis também, mas quando olho para eles vejo tanto amor, acho que justifica os anos que estou aqui.”
A Vila ensina na prática exercitar a gratidão. Os acolhidos são dependentes, muitos não conseguem falar, andar e outros estão acamados ou são cadeirantes. O espaço é dividido entre o abrigo/crianças e residências inclusivas/adultos e Jacqueline, que têm contato com todas nunca positivou para Covid-19. “O ano de 2020 foi muito difícil pra nós, de muita preocupação, com cuidados extremos, mas estamos conseguindo, revertemos quadros de saúde e alguns saíram vitoriosos da pandemia, choramos, compartilhamos alegrias, assim é a vida aqui.”
Entre os maiores aprendizados diz que a Vila ensinou a ser mais grata. “A nossa vida é muito fácil perto de algumas situações como alguns deles que têm diferentes limitações. Às vezes eles só gostariam de poder comer o que tem vontade, sair para rua ou receber mais visitas. Quando meus amigos reclamam das dificuldades, falo da visão de vida que a Vila me trouxe. Penso que todos deveriam conhecer esse espaço.
Nascida em Brasília e filha de mineira com paraibano, Jacqueline define que a caridade é doar-se ao próximo. “O pouco é muito para eles, o carinho e atenção. As vezes pedem, Jacque mexe na minha perna, puxa o cobertor, ajeita aqui, eles só precisam de atenção. Temos histórias muitos difíceis, mas com partes bonitas. Falo para o Jorginho que ele não me tira da Vila, quero continuar fazendo parte dessa família,” brinca.
DOAÇÃO DO SISTEMA
Com a pandemia, as responsabilidades de proteção e cuidado foram potencializadas. 50 funcionários e 22 acolhidos positivaram para a COVI-19, dois faleceram e as doações diminuíram. A Vila do Pequenino Jesus foi uma das 142 entidades beneficiadas com sistemas de Energia Solar da Renovigi através do projeto Energia do Bem, criado em 2018 para a doação de sistemas fotovoltaicos a entidades sem fins lucrativos de todo o Brasil.
Sobre a postura social, o presidente do Conselho de Administração e CEO da Renovigi Energia Solar, Gustavo Müller Martins lembra a criação da empresa a partir de um pequeno projeto. “Olhar para a Vila do Pequenino Jesus e o trabalho que se compromete, me faz lembrar o início da Renovigi quando o mercado era praticamente inexistente, mas tínhamos o entusiasmo de fazer acontecer. Para nós, poder retribuir através do compromisso social, é uma forma de estimular que outras ideias sejam nutridas e gerem bons resultados para sociedade.”
Para Jorginho, a doação foi extremamente importante e num momento oportuno, ao mesmo tempo em que a Vila ganhou máquinas industriais de lavar roupa e o consumo de energia elétrica aumentaria significativamente.
O sistema conta com 16 painéis de 340W e 1 inversor de 5KW. A instalação e homologação foi feita de forma gratuita, em agosto do ano passado, pelo credenciado parceiro Lumiere Soluções em Energias Sustentáveis que complementou o projeto com mais seis painéis. Conforme o diretor da Lumiere, Leonardo Alves Coelho, a “economia anual chega a R$ 7 mil reais. Com o valor é possível comprar 7.200 máscaras cirúrgicas ou 3.180 fraldas descartáveis.”
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC
O sopro dos que vivem em Encantado
Um ensinamento nos diz: “a vida é um sopro”, na intenção de aproveitarmos a intensidade de cada momento, porque também nos dizem que “o tempo voa”. A história do São Camilo, Hospital Beneficente Santa Terezinha, começou de um sopro há 75 anos em Encantado, Rio Grande do Sul. Como um primeiro respiro de vida que enche os pulmões e desperta para o mundo pela primeira vez.
Referência no cuidado da saúde na região alta do Vale do Taquari – que abrange um raio de 38 municípios, o Santa Terezinha é um hospital privado/filantrópico e atende 60% da população através do Sistema Único de Saúde. São aproximadamente 200 profissionais diretos, um corpo clínico integrado por 50 especialistas e mais de 50 mil atendimentos registrado em 2020.
A história do Santa Terezinha que, futuramente seria vinculado à Rede São Camilo, nasceu da união, do trabalho e da fé da comunidade, como um suspiro que segue o outro, e outro e assim por milhões de vezes ao longo da existência. “Não tínhamos hospital em Encantado. Foi o anseio da população que se reuniu, fez campanhas e iniciou a construção em 1942. Passados três anos, aconteceu a inauguração, em outubro de 1945” conta Marilene Daltoé assistente administrativa que atua há 28 anos na instituição e como mesmo diz, acompanhou quando o primeiro computador foi comprado.
O município de Encantado é banhado pelo Rio Taquari, formado por 21.609 habitantes e localizado a 145 quilômetros da capital gaúcha, Porto Alegre. Teve sua colonização marcada predominantemente pela cultura alemã e italiana e carrega traços de devotamento e fé cuidadosamente preservados. Em 1956 o hospital foi doado para a Sociedade de Educação e Caridade – Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. “Na época, contam que o atual prefeito – Adroaldo Conzatti, passava todos os dias para ir à escola e curiosamente observava o hospital. O tempo passou e em 1983 quando eleito prefeito pela primeira vez, entrou em contato com as irmãs demonstrando preocupação em ampliar o espaço. Foi quando entregaram a chave e informaram que não tinham mais condições de continuar” revela Marilene.
A partir disso, a administração foi assumida pelos Camilianos, devotos de São Camilo de Lellis, entidade mantenedora que se comprometeu em oferecer novos serviços, modernização dos equipamentos e ampliações na estrutura. O engajamento e a união de forças, se tornou ainda mais significativo e diversas foram as melhorias estruturais, aquisição de novos e modernos equipamentos, além da inauguração de novas alas, entre elas os Centros Cirúrgico, Obstétrico e Regional de Oftalmologia.
“Somos referência em atendimento de saúde e com a crescente demanda nossa estrutura estava pequena que resultou, em 2014, numa ampliação e a construção de um novo prédio que está em fase final,” explica o diretor da entidade, Evandro Klein.
Formado em Ciências Contábeis com especialização em Gestão Hospitalar, Evandro está há sete anos à frente da unidade e sinaliza positivamente a expansão. “Ser referência no cuidado da saúde faz parte da visão institucional que assumimos e, com isso, nossa responsabilidade é oferecer atendimento especializado. A exemplo do SAMU, dos atendimentos em saúde metal, maternidade e oftalmologia. Também abrimos este ano cinco leitos UTI Covid que recebe pacientes de todo o Estado do Rio Grande do Sul e estamos buscando a habilitação para 10 novos leitos de UTI.
UMA HISTÓRIA BEM VIVIDA
Comemorar mais de sete décadas não é apenas uma vida, é fazer parte de muitas, de cada melhora, de cada cura. Acompanhar cada nascimento e enxergar, em sua plenitude, um por um que aqui passou ao longo de 75 anos. Silvane Disegma, 56, faz parte dessa história. “Comecei no dia 1 de novembro de 1985 no setor de almoxarifado quando ainda era conduzido pelas Irmãs. Ao olhar hoje, me surpreendo de como evoluiu.” Passados 35 anos, a responsável pelo setor de compras diz que o ambiente de trabalho é a segunda família. “Nunca pensei em procurar outro, aqui é onde passo a maior parte do tempo, é minha segunda casa. Não vivo sem o hospital,” reconhece.
Questionada sobre os impactos da pandemia, Silvane pontua novos hábitos e a falta do contato próximo. “A internet facilita, mas não é a mesma coisa. Aquele contato com as pessoas, o olhar nos olhos, a presença física faz a diferença.”
RESPIRO NA CONTA DE LUZ
Talvez a união seja característica das cidades menores onde a maioria das famílias se conhecem, mas os encantadenses têm na coletividade a referência de suas raízes. “A comunidade sempre foi muito participativa, quer melhorias e colabora. Na pandemia nos surpreendemos mais uma vez, empresários se organizaram para doação de materiais como máscaras, aventais e álcool gel, cada um dentro de suas possibilidades,” indica Silvane.
Não foi diferente na participação do projeto Energia do Bem da Renovigi Energia Solar. A divulgação da campanha ocorreu em live do cantor Michel Teló, embaixador da marca catarinense, em 29 de março do ano passado. As instituições mais votadas receberiam, de forma gratuita, a instalação e um sistema de energia solar.
E se cuidar da vida é o que faz o Hospital Beneficente Santa Terezinha respirar, quem também ganhou um respiro foi a conta de energia elétrica. “O gasto com energia elétrica é alto, aproximadamente R$ 40 mil ao mês. Essa doação vem muito a beneficiar pois podemos oferecer mais qualidade e conforto para quem precisa. Realmente é um projeto que deve ser reconhecido e faz diferença na comunidade,” destaca o diretor Evandro Klein.
Já o presidente do Conselho de Administração e CEO da Renovigi Energia Solar, Gustavo Müller Martins acredita em transformações geradas pelo envolvimento coletivo, de pessoas que se unem para um bem maior.
“Considero que o Energia do Bem tem a intenção de mudar a vida das pessoas. Desde sua criação, em 2018, já beneficiou 142 entidades através do engajamento da rede de credenciados e da comunidade.”
UNIDADE IMBITUBA
Além de Encantado, a unidade do São Camilo de Imbituba, no litoral de Santa Catarina, recebeu a doação e instalação sem custo feita pela Solarprime empresa credenciada Renovigi. Desde a instalação, em junho do ano passado, foram gerados 3274 kWh e economizado mais de R$ 2.400. O sistema conta com 16 painéis e 1 inversor de 5KW.
O diretor da Solarprime franquia da unidade de Imbituba, Diego Vieira explica que o projeto não atende todo consumo gasto pelo hospital, mas em função do retorno positivo, a intenção é aumentar a potência para suprir toda demanda.
PANDEMIA, APRENDIZADOS E FUTURO
A pandemia de COVID-19 pode ser destacada como algo que não está ao nosso alcance de interferência. Quem sabe, até compararmos com as imprevisões da medicina quando, sem respostas, atribui-se a fé a explicação do inexplicável. O vínculo religioso é essência na história do hospital Santa Terezinha, nome referência a freira carmelita Teresa de Lisieux, conhecida por seu jeito prático e simples de abordar a vida espiritual.
“É difícil não se envolver em algumas histórias e sofrer junto. Principalmente as que encerram da forma que não gostaríamos de vivenciar. Digo que a pandemia trouxe muitos desafios, especialmente em termos de tratamento. Podemos dizer que os médicos sabem como tratar, mas ainda não temos uma maneira totalmente efetiva. Espero que em breve a vacina ou outro tipo de tratamento esteja disponível,” avalia Evandro.
A pandemia reforçou ainda mais a importância dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do enfrentamento ao Covid-19. “Diferente de outros serviços, o tratamento e o cuidado aos pacientes não podem ser feitos remotamente, escolhemos estar aqui e temos o compromisso com os pacientes e a comunidade,” avalia Marilene.
Formada em Letras e Direito pela Universidade do Vale do Taquari (UNIVATE), Marilene também espera maior valorização profissional da classe e destaca que, por ser da parte administrativa, tem um compromisso com os colegas que estão na linha de frente. “É o momento de mostrarmos nosso apoio, encorajá-los, muitos estão afastados da família para cuidar do próximo. Penso que com essa experiência as pessoas vão valorizar cada vez mais a vida, a saúde que é o bem maior, pois sem ela nada fazemos.”
A preocupação com as pessoas é o legado da instituição que também demonstra preocupação ambiental e vê um futuro com bons olhos. “Energia limpa é o caminho que nos leva para o futuro, e se sobressai em relações a fontes poluentes. Para o hospital é um retorno positivo em vários sentidos, especialmente na economia, onde podemos utilizar os recursos para outros projetos que beneficiarão a comunidade.
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC
De uma dor, o despertar do amor
Entrei na Casa da Vida de uma forma um pouco diferente da tradicional, Paloma Dantas, 38 anos, Assistente Social e coordenadora, me recebeu por uma chamada de vídeo e o tour pelo espaço foi virtual, não menos amoroso e acolhedor.
Passamos pelo jardim com seus girassóis floridos e um coqueiro esvoaçante e seguimos para varanda. Conheci Romeu, com seu jeito doce, mas sem passar despercebido. Companhia dos acolhidos, a calopsita é o mascote da casa e faz jus a característica de sua personalidade, um assobio estridente é a forma de desejar as boas-vindas.
Seguimos pela recepção, um senhor de camisa amarela está sentado para ser acolhido, e sem ao menos conhecer o espaço, já agradece sofregamente como se quisesse, pela fala, retribuir um preço que não se cobra. Na Casa da Vida os sentimentos não entendem de dinheiro.
É nítida a energia, o amor, a entrega. Paloma segue pela sala de escuta especializada e vai até o quarto onde ficam as mulheres. Lá estão quatro delas, ambas de cidades diferentes, mas que tem em comum muitas dores. Uma penteia seu cabelo vermelho que dá sinais de não receber tinta há um bom tempo, outras duas arrumam as malas, enquanto a outra conversa comigo e explica como se sente, ela diz que está em casa. Passamos pelo quarto masculino e um único menino acena com a mão, conheço a cozinha, a área de lazer onde são feitas as refeições e Paloma segue para a varanda.
Logo explica uma prática que se tornou regra, assar um bolo todos os dias. Não consigo sentir o cheiro, mas ao pensar, também me traz lembranças afetivas, o que ela busca despertar nas pessoas junto de um café passado. Todos os móveis foram doações da comunidade e tudo é muito limpo e organizado.
HISTÓRIAS DA ALMA
Histórias de vida são dados da alma e a Casa tem muitas. Antes de ser da Vida, foi cenário de uma morte trágica – seu antigo dono suicidou-se na dispensa. Em 2014, o psicólogo e pastor Sinvaldo Queiroz desenvolveu trabalho de capelania aos pacientes e acompanhantes do Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC). “Diante das necessidades, especialmente dos vindos de outros municípios, despertou o desejo de abrir um espaço de apoio quando, um grupo de pessoas se reuniu e decidiu alugar e, transformar uma casa marcada pela morte, em Casa da Vida”, conta Paloma.
Localizada a 200 metros do hospital, na Avenida Filipinas, na Bahia, o espaço é mantido exclusivamente por doações, alguns mantenedores que contribuem mensalmente e o apoio de voluntários. Já recebeu mais de 3 mil pessoas vindas de todos os lugares do Brasil e de 18 Estados com uma única missão, acolher quem bate à porta. “Na casa não há vínculo religioso, é de amor. Já recebemos uma freira que dividiu quarto com uma pastora, tribos africanas, homossexuais, indígenas, negros e brancos. As pessoas estão unidas por uma dor e não por religião.”
A seleção dos atendidos se dá por triagem do Serviço Social do HGVC, priorizando os que vem de longe para tratar seus familiares e não têm condições de estadia. Não há prazo quanto ao tempo de permanência e a casa oferece cinco refeições: café da manhã, almoço, lanche, janta e uma ceia. O lugar também é suporte para quem precisa utilizar apenas o serviço de lavanderia.
“A maioria dos que chegam estão abatidos, preocupados e com medo, não sabem o que vão encontrar. Um dos processos iniciais é fazer uma foto de identificação para o crachá, depois de alguns dias, a grande maioria vem até mim e pede para trocar, dizem, Paloma, não sou essa pessoa não. Quando respondo, mas você chegou assim. Essa é a maior prova de que algo diferente acontece aqui.”
FIQUE À VONTADE, VOCÊ ESTÁ EM CASA
O propósito da Casa da Vida é cuidar de quem cuida, mas o que mais se ouve são outras definições. Casa do Amor, da Respiração, da Alegria, da Esperança. Um espaço onde a única premissa para quem quer servir é amar o desconhecido. “Se a dor do outro não mexer comigo, não me transformar, preciso me questionar que ser humano estou sendo.”
E na descrença de um cotidiano que se revela cada vez mais individualista, o cuidado com o próximo e a empatia causam estranhamento. “Recebi uma hóspede que não conhecia descarga. Com o passar dos dias observei que ela não se alimentava direito, só tomava café e comia biscoitos e nunca sentava a mesa. Ela não sabia comer com os talheres, foi quando servi a comida, me sentei no chão e comecei a comer com as mãos. Ela me olhou e perguntou se poderia fazer o mesmo, eu disse é claro, aqui você está em casa, pode comer como quiser, sem vergonha e sem julgamentos,” conta.
Sobre a experiência descobriu a pureza através dessa moça de 23 anos que morava na zonal rural, não conhecia shopping, nunca tinha visto um avião e ficava espantada em receber carinho, acolhimento e amor por viver uma realidade de repreensão e sofrimento. “Ficamos dois meses com ela, período em que acompanhou o pai na UTI picado por uma cobra. Nesse tempo não consegui fazê-la compreender o quanto nos transformou em seres humanos melhores. Espero que ela tenha carregado marcas de amor ao passar pela Casa da Vida,” deseja Paloma.
Nas chegadas e partidas os vínculos não se rompem. “Uma mãe passou sete meses conosco por causa da filha que estava na UTI com um problema pulmonar gravíssimo, infelizmente acabou falecendo. Até hoje, mantemos contato e ela me diz, tenho saudades das comidas, tem coisas que só experimentei aí,” revela Paloma e acrescenta “tudo que você imaginar que pudermos fazer para arrancar um sorriso de alguém ou deixar o dia melhor, nós faremos.”
SORTEIO SISTEMA SOLAR
A Casa da Vida se mantém apenas com doações, sem auxílio de programas sociais. Os custos para manutenção mensal são de aproximadamente R$ 15 mil. Antes da pandemia de COVID-19 cerca de 120 pessoas eram acolhidas e contavam com o suporte de 70 voluntários. Mas o cenário mudou e o espaço ficou quase vazio. “Desde que abrimos nunca fechamos a casa. Fizemos uma reunião e o conselho cogitou essa possibilidade. Não poderia aceitar, mas essa decisão não dependia só de mim. Cheguei em casa e contei para os meus filhos, quando me disseram, mãe aquelas pessoas precisam mais de você do que nós, pode ir. Digo que foram os dez meses mais difíceis, precisei me afastar deles e das pessoas que faziam parte da minha rotina para me dedicar a Casa, ficamos apenas eu e mais dois voluntários, a Branca e o Rafael,” revela.
É difícil falar da Paloma sem reconhecer o entusiasmo e alegria de uma baiana arretada. Penso que esse espírito simples é o que tanto cativa os acolhidos. E não duvide, porque se precisar ela move céus e terras. Como na participação do projeto Energia do Bem da Renovigi Energia Solar, criado em 2018 para a doação de sistemas fotovoltaicos a entidades sem fins lucrativos de todo o Brasil.
Os diretores da Solplac Engenharia Sustentável – que realizaram a instalação de forma gratuita, Marcio Araujo e Robertson Martins tiveram participação significativa nesse processo. Enquanto Marcio ligou para Paloma explicando sobre a campanha, os benefícios da energia solar e incentivou o engajamento, Robertson focou na parte técnica, adequando o medidor de energia e dos trâmites legais junto à concessionária. O sistema não atende todo consumo, mas apresenta uma contribuição significativa, especialmente nesse período de pandemia. A intenção da Casa da Vida é expandir o projeto.
Quando ela respondeu: “epa, epa, epa, tô nessa parada e não abro. Acionei os voluntários e disse, vocês estão longe, mas preciso de ajuda. Usem todos os Instagrams, da tia, do pai, do papagaio e vamos votar. Foi um Big Brother, literalmente,” conta animada.
E se engana quem pensa que ela não levou a sério, Paloma solicitava o envio de relatório das votações, contabilizava voto a voto. “Foram várias contas bloqueadas, choro, ansiedade, expectativa, mas muito pensamento positivo. Pensei, se precisar eu ligo para o Teló e digo, meu filho do céu ajuda a gente.”
A ligação não foi preciso e como diria o ditado, a fé e o engajamento moveram montanhas. A Casa da Vida foi uma das 142 entidades beneficiadas com sistemas de Energia Solar da Renovigi. Recebido em junho de 2020 conta com 16 painéis com potência de 340W e 1 inversor de 5KW.
“Todo mês era um sufoco para pagar as contas, só de energia elétrica gastamos aproximadamente R$ 2 mil e agora, por meio desse recurso, nós podemos investir em outras áreas da instituição. Vemos maus exemplos de entidades filantrópicas que se utilizam de má fé e sempre nos preocupamos em preservar a transparência, integridade e confiança,” destaca a coordenadora. “Digo que Deus está disposto a multiplicar tudo aquilo que estivermos dispostos a repartir, por isso, nosso desejo é que a Renovigi tenha um crescimento muito maior do que já é pelo bem que nos fez.”
Paloma acrescenta, “ser uma instituição que depende 100% de doações é um desafio diário. Abraçamos a campanha como forma de provar que é possível encontrar empresas que pensam no bem comum. Avalio que o trabalho social no Brasil precisa de pessoas com maior vontade para o tornar visível. E que é possível confiar. Essa doação não nos beneficiou apenas com a economia na conta de luz, mas na esperança de reacreditar que existe preocupação na prática do bem,” avalia a coordenadora.
O AMOR COMO RESPOSTA
O amor é capaz de transformar histórias de vida. Alguns escritores consideram a maior riqueza do ser humano – amar e ser amado. Esse amor genuíno, sem cobranças é a essência da Casa da Vida e, com ele, ela vai escrevendo sua história. Páginas marcadas pela gratidão de quem chega, pela emoção de quem vai, pela dor acolhida e pelos milagres que surgem em cada bater à porta.
“Se me perguntassem o que eu gostaria para o futuro, respondo sem dúvida: continuar atendendo pessoas de todo país com o coração cheio de compaixão, empatia e compreensão. Buscamos cada vez mais tornar nosso trabalho referência de atendimento humanizado para um público ainda desassistido. Uma grande conquista seria a aquisição do imóvel onde a Casa da Vida funciona, tendo em vista que é alugado e está envolvido em um processo judicial. E por fim, não menos importante, espalhar Casas da Vida pelo Brasil, não apenas espaços físicos, mas a mensagem que levamos todos os dias: o poder da vida sobre a morte, e, de como é possível proporcionar para quem viveu os piores momentos da vida, algumas experiências de alegria, cuidado e afeto,” espera Paloma.
Sobre as doações, o presidente do Conselho de Administração e CEO da Renovigi Energia Solar, Gustavo Müller Martins destaca o compromisso social como essência da marca e parte de um conjunto de ações transformadoras que geram impactos positivos na sociedade.
“Acreditamos na inovação, na tecnologia, na sustentabilidade e na responsabilidade social, mas, especialmente na energia das pessoas. A Renovigi sempre terá esse olhar de comprometimento com a sociedade e saber que, contribuímos positivamente na vida das pessoas, nos torna seguros de que estamos no caminho certo.”
RECORTES
Evanilda Ferreira dos Santos, 33 anos, de Ituaçu, deixou o trabalho, estudos, o marido e filhos para acompanhar o tratamento do ex-esposo. Com esperança no olhar, ensinou que não existem limites quando o assunto é serviço. Suas marcas na Casa da Vida foram de altruísmo e amor genuíno.
Oleide José dos Santos, Seu Léi com 60 anos e de Cordeiros, gostava de sentar no jardim para olhar o céu e tomar um café. Deixou na Casa da Vida lembranças afetivas, de profunda admiração e que boas amizades podem surgir em meio aos momentos difíceis da vida.
No tempo em que o filho estava internado, Vó Maria perdeu seu companheiro de vida. Na Casa da Vida, Maria de Jesus, 69 anos de Cordeiros, adotou muitos netos e ensinou que o segredo é não perder a capacidade de viver.
Sorrisos não se revelavam no rosto de Maria Ana de Abreu Rocha, 52 anos, de Macaúbas, talvez pelas experiências difíceis. Na Casa ensinou que a vida se revela no encontro com o outro e em abraços que são sinais de esperança.
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC
Renovigi é selecionada para desenvolvimento de projetos no parque Científico Tecnologico@

A Renovigi Energia Solar foi uma das 17 empresas selecionadas através de edital para ocupação do Parque Científico e Tecnológico Chapecó@ – Prefeito Ledônio Faustino Migliorini conduzido pela Unochapecó. Os projetos, selecionados neste mês de dezembro e que iniciarão as atividades no primeiro trimestre de 2021, contemplaram pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). As empresas selecionadas irão compor o espaço junto com ou Escritório de Projetos e Prestação de Serviços (EPPS), Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica (NITT), Observatório do Sistema Regional de Inovação, Centro de Residência em Software (CRS), Incubadora Tecnológica (Inctech), Museu de Ciência e Tecnologia do Oeste Catarinense e o Concreation Lab.
Localizado no bairro Efapi em uma área doada pela Fundeste, mantenedora da Unochapecó, é considerado um centro de inovação e estímulo ao desenvolvimento econômico regional. Sobre a seleção da Renovigi Thiago Dávi, membro do conselho de administração destaca o conceito de funcionalidade do Parque diretamente ligado ao DNA da marca. “Somos pioneiros no segmento de energia solar de geração distribuída (GD) com perfil inovador e tecnológico em termos de produtos, soluções, atendimento ao mercado e suporte técnico. Esse ambiente propício à inovação oportunizará ainda mais interação e novas oportunidades em pesquisa e desenvolvimento.”
Entre as áreas de especializações do Centro estão: agronegócio, indústria criativa, construção civil, metal mecânica, móveis e madeira. Além da Renovigi tiveram projetos aprovados Agriness; Ativa Brasil Perícias /CosmoSystem; Cerumar Propriedade intelectual; Deatec Acate; Desbravador Software; Dotse; FCTER – Fundação Científica e Tecnológica em Energias Renováveis; HUB2B; Kemia Tratamento de Efluentes; Norte Engenharia; Schumann; Seedcap – Investimentos & Aceleração; SomaSul; TwoWeb Digital; Vantec Máquinas e Equipamentos e Zagonel Tecnologia Eficiente.
Conforme acrescenta Thiago, essa oportunidade representa ganho de desenvolvimento para a rede de credenciadas da Renovigi, e o segmento de energia solar como um todo, pelo aprimoramento em soluções pela análise de dados gerados a partir das instalações fotovoltaicas existentes e estudo de casos focando, principalmente, em potencializar ações de baixo impacto ambiental.”
Na foto: Thiago Dávi membro do conselho de administração da Renovigi, José Vitor Salm gerente de Suporte Técnico e P&D da Renovigi, André Luiz Dallacorte CEO da Nibble Tecnologia e Rodrigo Savenhago, gestor de negócios do Parque Tecnológico.
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC
Perspectiva para dias melhores
Gustavo Müller Martins, presidente do Conselho de Administração e CEO da Renovigi Energia Solar
O ano de 2020 foi um verdadeiro teste, a duras penas, para os empresários. Nunca se ouviu tanto a necessidade de reinventar os negócios, como uma verdadeira lei de sobrevivência social e financeira devido a pandemia global de COVID-19. Nesse período de fim de ano em que, geralmente se faz uma avaliação do que passou e se estabelecem novas perspectivas, é impossível não considerar a interferência que todos os setores sofreram. Empresas precisaram se adaptar as mudanças, abrir precedentes jurídicos para contemplar novas modalidades e formatos de trabalho, a exemplo do remoto, aplicar uma reorganização de processos, rever o fluxo de caixa e o posicionamento estratégico.
Além das políticas institucionais reestruturadas, uma nova forma de consumo surgiu e mostrou a necessidade de organização da cadeia produtiva, um ciclo que para continuar em movimento, precisa estar alinhado. Nesse sentido, cito o desabastecimento de matéria prima que desacelerou 14 dos 19 segmentos da indústria, inclusive o de energia solar, pela falta do fornecimento de produtos como embalagens, papelão e vidro.
Visualizo que o pior, o período de maior turbulência do início da pandemia, já passou. Mas além dos efeitos negativos, qual o legado que deixará para os nossos negócios? Do ponto de vista do empresário e falando como tal, acredito que otimismo e capacidade de adaptação em cenários críticos são aprendizados fundamentais. Aptidão para o gerenciamento de crises, investimentos em inovação e não menos importante, gestão profissionalizada – equipe com boas pessoas, elas consequentemente serão profissionais abertos e dedicados para trabalharem pelo mesmo objetivo.
Me sinto confortável em dizer que o próximo ano, 2021 será de maiores resultados, contínua recuperação da economia, oferta de crédito e aumento da taxa de emprego. Com esse cenário positivo, recomendo também que os empresários continuem fazendo o dever de casa, repensando planejamentos de médio e longo prazo. Melhorando continuamente a produtividade e a eficiência nas suas empresas. Considero muito importante fazer investimentos em automação e na digitalização dos processos bem como, investimentos na capacitação e no treinamento dos colaboradores. Acredito no modelo onde os empresários devam construir o futuro. Buscando diferentes alternativas e não esperando apenas medidas oficiais do governo para estimular seu crescimento.
As empresas que se sobressaem nas grandes dificuldades são as especialistas em seu negócio – players de mercado, que têm discernimento na tomada de decisões, visão ampla e de longo prazo, liderança humanizada e claro, boas perspectivas em dias melhores.
Renovigi lança microinversor RENO1300 e atualiza RENO207
Um novo produto passa a integrar o portfólio da Renovigi. É o microinversor RENO1300 que possuiu 4 MPPTs – Maximum Power Point Tracking – rastreamento de ponto de máxima potência, ou seja, pode ser utilizado com até quatro módulos diferentes em posições distintas em virtude das entradas individuais. Outro diferencial é a maior potência por entrada, robustez na carcaça em relação a vedação, grau de proteção – IP67 e garantia direta de 15 anos explica o coordenador da área de suporte técnico da Renovigi Energia Solar, Leonardo Rodrigues, além de acrescentar a facilidade de instalação – Plug and Play.
O produto já está disponível na plataforma e teve seu lançamento em live para credenciados na sexta-feira, 18 de dezembro com a participação do diretor comercial Antonio Carlos Federico e o gerente de Suporte Técnico e P&D José Vitor Salm. O microinversor RENO1300 contemplará projetos com recorte de telhado onde demandam instalação com diferentes orientações, posições de módulos e potência ou ainda, na ampliação de um sistema já instalado.
Possui topologia de conversor diferenciado que garante maior segurança e longo tempo de vida ao produto. Potência máxima de saída de 1300W e limite de tensão de entrada em 60Vcc que permite a utilização de módulos de 440W. Em paralelo ao RENO1300, foi lançado o RENO207, uma nova versão do RENO202, hoje já comercializado pela Renovigi. Conforme Leonardo Rodrigues, o diferencial do RENO207, que comporta até 15 microinversores RENO1300, corresponde a atualização remota de parâmetros e opção de conectividade por WIFI que otimizam e melhoram o monitoramento do equipamento. O RENO207 também pode ser utilizado com os modelos já comercializados RENO560 e RENO560-LV com até 20 microinversores 560W.
INOVAÇÃO ESTÁ NO DNA
O mercado de energia solar está em constante crescimento no Brasil. Prova disso, são dados divulgados em outubro pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), quando o País bateu 7 GW de potência instalada, sendo mais de 4 GW correspondentes à porcentagem de 99,9% de toda micro e minigeração distribuída em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais. “Esse cenário exige que empresas do segmento fotovoltaico implementem tecnologias para potencializar ainda mais esse crescimento. No caso da Renovigi, a inovação em produtos como o RENO1300 que se sobressai em termos de potência, transmissão de dados, eficiência e facilidade de instalação,” destaca Leonardo Rodrigues.
Enquanto o gerente de P&D José Vitor Salm orienta ter atenção quanto a execução e planejamento, características do local quanto a possíveis extensões, quantidades de microinversores por barramento e barramento de microinversores, itens de proteções e distanciamentos entre monitoramento.
CARACTERÍSTICAS DO EQUIPMANETO
→ Antes de comprar o produto, certifique-se do layout de instalação. Cabos de entrada CC possuem 16 cm e o cabo de saída CA possui 172 cm. Pode ser necessário produzir cabos CC e CA para que a conexão entre módulos e microinversores seja feita;
→ Verifique as tensões nominais ao instalar, considerando que este produto é exclusivamente para locais onde a tensão entre fase e neutro é de 220V;
→ Não deixe de confirmar o número máximo de microinversores associados, pois é possível instalar até cinco equipamentos num único barramento;
→ Você já sabe, mas não custa lembrar: ao instalar os microinversores, certifique-se de que o monitoramento esteja diretamente conectado na mesma fase ao barramento destes equipamentos.
→ Em caso de dúvidas não hesite em procurar nosso time de suporte técnico.
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC
Verão é a estação mais indicada para instalar um sistema de energia solar

Quem nunca usou o tempo ou as mudanças do clima como assunto para iniciar ou desconversar algo? As previsões são boas por aqui, e a transição da primavera para o verão – uma das estações mais esperadas do ano, acontece nesse dia 21 de dezembro. Além do maior aproveitamento da luz do sol, o verão é um período de maior consumo de energia pela funcionabilidade dos equipamentos elétricos e, por isso, momento em que muitas pessoas buscam por alternativas, a exemplo dos sistemas de energia solar.
“O momento é propício e a procura por essa fonte alternativa têm crescimento de 15 à 20% em comparação com o inverno” sinaliza o Supervisor comercial de Vendas da Renovigi região Rio Grande do Sul, Givanildo Fontana. Entre os motivos estão a maior irradiação do sol em conjunto do aumento da produtividade de energia solar.
O meteorologista graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Piter Scheuer explica que o verão se diferencia das outras estações pela maior incidência de raios solares do hemisfério sul devido a declinação do eixo da terra provocado pelo solstício de verão, fenômeno astronômico em que o sol atinge a maior declinação nas latitudes tropicais e faz com que um dos hemisférios receba maior incidência solar, acompanhado das conhecidas mudanças bruscas no tempo, “como as pancadas de chuva e abertura do sol logo em seguida causadas pelo calor e umidade.”
POTÊNCIA RAIOS DO SOL
O meteorologista que trabalha com mais de 50 rádios em Santa Catarina e têm paixão por tempestades e eventos extremos, explica que os raios solares, muitas vezes desenhados na escola, são energia que saem da estrela que é o sol e chega na terra com intensidade de 342 watts por metro quadrado enquanto na posição vertical atinge 242 wats por metro quadrado.
Em termos de clima para os próximos anos, uma vez que se comenta em temperaturas cada vez maiores, Piter explica que o calor depende de cada região, sofre influências do sistema meteorológico massas de ar quente, frio e tropical e das propriedades termodinâmicas. “Teremos uma continuidade dos fenômenos globais, a exemplo do La Niña que é o resfriamento das águas do oceano pacífico equatorial e que traz seca para região sul do Brasil e chuvas para região sudeste, centro e nordeste. E o El Niño que corresponde ao aquecimento das águas do oceano pacífico equatorial e traz chuvas para região sul e seca para região nordeste.”
AQUECIMENTO E ENERGIA SOLAR
“Não acredito que as mudanças drásticas de temperatura sejam decorrentes do aquecimento global, mas sim, um aquecimento local, tem regiões que aquecem mais, outras menos. O clima se diferencia pela altitude, latitude e longitude. Por exemplo, a latitude da região de Chapecó é 27º , com extremos de frio e calor e tempestades, uma região plana com bastante convergência de umidade da floresta amazônica, enquanto outras regiões mais altas como São Joaquim, a tendência é ser mais fria durante o ano e em Chapecó não, a cidade é bem fria no inverno, bem quente no verão e clima tempestuoso ao longo do ano,” avalia Piter.
Já sobre a importância da energia solar, o meteorologista avalia como benéfica por ser uma fonte limpa e com economia significativa de até 95%, além da valorização do imóvel.
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Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC
Brasil é o 3º País mais atrativo para investimentos em fonte renovável
O Brasil é o 3º país mais atrativo para se investir em implantação de fontes renováveis. É o que apontou o Climatescope 2020 , realizado pela BNEF (BloombergNEF).
Segundo o índice, que avalia as condições de investimento para energia limpa em economias emergentes e a sua capacidade de atrair capital para fontes de energia de baixo carbono, o Brasil é o maior mercado de energia da América Latina.
O Chile ocupa a primeira posição no ranking, sendo considerado o mercado emergente em que mais vale a pena investir no mercado de energia limpa. Segundo a pesquisa, o país atingiu a meta definida de 20% de energia limpa para 2025, e agora tem como objetivo 60% até 2035.
Na segunda posição está a Índia, que se destacou por ter a meta de energia renovável mais ambiciosa do mundo: atingir 175 GW até 2022.
Em quarto lugar está a Jordânia. As instalações de fontes renováveis no país tiveram um crescimento significativo nos últimos cinco anos, com 1,5 GW de fotovoltaica e mais de 500 MW de capacidade eólica instalada.
A quinta posição é ocupada pela China, que continua uma potência no setor de renováveis mesmo com o investimento em energia limpa no país despencando desde 2017 – devido às alterações em políticas econômicas, como as tarifas de incentivo (regime feed-in).
Recorde em 2019
“2019 foi um ano de primeiras vezes – na maior parte, positivas”, afirmou Luiza Demôro, a principal autora do Climatescope. “O aumento de capital que vimos fluir para os mercados emergentes sugere que os investidores se tornaram bastante confortáveis com os riscos envolvidos no financiamento de novos projetos de energia eólica ou solar.”
No ano passado, o apoio de instituições financeiras de desenvolvimento, incluindo bancos internacionais de desenvolvimento, permaneceu no patamar de aproximadamente 4 bilhões de dólares, mas sua participação no total de IED (investimento estrangeiro direto) em energia limpa caiu para 11%, o menor número em 10 anos.
“O apoio destas instituições financeiras de desenvolvimento, de fato, não estava acompanhando o crescimento do mercado pré-pandemia”, esclareceu Ethan Zindler, chefe das Américas da BloombergNEF. “A esperança é que tais instituições aumentem sua participação no próximo ano, à medida que a Covid-19 reduz o pool de capital privado disponível.”
Climatescope 2020
O Climatescope, avaliação de mercado da BloombergNEF, representa aproximadamente 60 analistas, que coletaram dados detalhados para 123 indicadores em 108 mercados emergentes.
Fonte: Absolar
Um gol de placa além das quadras
“A bola vai rolar e começa a final. Domina com categoria, parte para o primeiro chute ofensivo, o adversário desvia, volta a bola, retoma com eficiência, passa pelo primeiro, tá no bolso o segundo, chuta na direção e é gooool, mais um do Terrão Esporte Clube.” A narração esportiva poderia ser de qualquer um dos jogos de rua no campinho do Bairro São Cristóvão, nos anos 1990, em Chapecó, que contava com a participação dos irmãos, Alex Domingos da Roza (Leco) e Junai Domingos da Roza.
A quadra era desenhada com um graveto para definir a marcação, refeita a cada drible que levantava poeira, enquanto o uniforme condizente com o estilo de jogo, alguns com a regata duas vezes maior, bermuda desce mas não cai, o tênis emprestado sem pedir para o irmão e, na falta de opção, descalço mesmo ciente que poderia custar a tampa do dedão. A arquibancada tinha visão privilegiada e era composta por toda vizinhança que ouvia, aos gritos, quando fechava o tempo. “Eu e todos os amigos da rua tínhamos o sonho de jogar profissionalmente, participávamos de alguns torneios na cidade, depois de um tempo, passei a integrar o time profissional do Clube Recreativo Chapecoense (CRC). O futsal foi tomando conta e segui esse caminho,” revela Leco, atual jogador do Joinville Esporte Clube (JEC) e atleta da Seleção Brasileira de Futsal.
No recorte e como nos sonhos a parceria com o irmão Junai sempre foi presente. “Quando ainda éramos crianças treinávamos juntos sobre o que diríamos nas entrevistas após os jogos, revezávamos entre repórter e atleta já deitados no nosso quarto antes de dormir. Absolutamente ninguém foi mais responsável pela minha carreira que ele. Sonhamos juntos, treinamos juntos, provamos juntos que era possível.”
Filho de Terezinha e Alvori, Leco passou a infância e parte da juventude em Chapecó. Em 2000 aos 16 anos foi convidado pelo Jaraguá depois de ter sido visto em uma partida das categorias de base. Aos 17 já ingressava na equipe adulta do time onde passou os próximos 10 anos defendendo o clube patrocinado pela Malwee. Em 2005, aos 21, foi convocado para integrar a Seleção Brasileira de Futsal, contribuindo em mais de 100 jogos e em 2011, passou a defender o Joinville, contrato que assinou por dez temporadas. O irmão Junai se aposentou como atleta de futsal em 2018.
Formado em Educação Física pela Faculdade Jangada, Leco atualmente mora em Jaraguá do Sul, norte de Santa Catarina com a esposa Ana Carolina e os dois filhos, Felipe de seis anos e Alice de dois. Além de destacado no mundo da bola, o craque mostra que também é artilheiro quando o assunto é empreendedorismo, possui uma franquia de açaí com o irmão, a Açaícom.
ENERGIA SOLAR
Aos 36 anos, outra preocupação do atleta empreendedor é com a conscientização ambiental. A busca pela qualidade e eficiência, que norteiam a carreira, também foi aplicada na escolha da marca para instalação de um sistema de energia fotovoltaica.
“A ideia surgiu depois de uma reflexão com minha esposa do que estamos fazendo pelo meio ambiente, qual a nossa contrapartida. Foi quando optamos por um sistema de energia solar – uma fonte limpa, inesgotável e sem emissão de poluentes para tornarmos um pouco mais sustentável a nossa condição no planeta,” explica.
Um case diferenciado – uma vez que geralmente as instalações de sistemas de energia solar acontecem em espaços já construídos, a instalação fez parte do projeto arquitetônico da casa do atleta que contou com o reforço da Solturi de Jaraguá do Sul, empresa credenciada a Renovigi. “Já na elaboração do projeto deixei claro nossa vontade de instalar um sistema fotovoltaico por duas questões, custo benefício, por ser um negócio que vale a pena no longo prazo e, em termos ambientais, uma vez que temos essa preocupação e nos sentimos responsáveis com o mundo que vivemos,” pondera.
“Tivemos toda orientação técnica da Solturi e essa postura me deixou confiante, não é apenas uma relação comercial entre cliente e fornecedor, mas a intenção de oferecer um serviço de qualidade para que me sentisse satisfeito e tranquilo.”
A obra está em fase de acabamento e a previsão é abril de 2021. O sistema conta com 22 painéis da marca Risen com potência de 7480Wp instalado, geração média de 770 kWh/mês e inversores Renovigi 8K Monofásico. O diretor da Solturi, César Cedenir Sarturi explica que o projeto foi acompanhado desde o início, em conjunto com a equipe responsável pela obra para o alinhamento técnico e correto com a definição do ângulo do telhado e inclinação evitando um possível sombreamento com torre de caixa d’agua ou platibanda.
“Foi um trabalho coletivo entre Solturi, o cliente e a equipe responsável pela obra onde demos suporte e definimos em conjunto as melhores soluções. Temos histórico de projetos com essa característica e penso que se tornarão cada vez mais comum pensar em energia solar em conjunto com o projeto de vida.”
CONSELHOS
Antes de mirar a trave, sair do alcance de visão do goleiro e acertar o gol no espaço de 2m de altura por 3m de largura, o atleta precisa muito mais. No caso de Leco, acreditar e não desistir foram impulsos que o fizeram chegar aonde chegou. “Minha história é a coroação de que os sonhos de criança devem ser nutridos e perseguidos. A vida não para, se perdermos hoje, amanhã lutaremos novamente. Gostaria que pudessem vivenciar o momento de estar dentro da quadra em um ginásio lotado, é a mais pura inspiração para um atleta.”
Sobre a rotina, destaca as exigências e escolhas da profissão. “Muitas vezes deixo de aproveitar minha família em virtude dos compromissos profissionais, feriados e finais de semana, os treinos, o cuidado com a alimentação, tudo isso faz parte da gestão de carreira de um atleta.”
Já sobre o que pretende passar aos filhos, destaca os ensinamentos aprendidos no esporte, o respeito com o próximo e a contribuição para um ambiente melhor. “Meus conceitos são sólidos em relação a disciplina, responsabilidade, saber viver em coletividade. O esporte mostra muito isso, que dependemos um do outro, a minha atitude interfere no resultado coletivo e no indivíduo que está ao meu lado,” diz.
Como em qualquer esporte de alto nível, ganhar e perder são jogadores que entram em quadra para competir a qualquer custo. Com o atleta, que mais tem títulos na taça do Brasil, não é diferente e lidar com o fracasso é importante para voltar a construir vitórias. “Eu sinto medo antes de uma partida, sinto ansiedade e nervosismo, esses sentimentos são naturais, a questão é o que você faz com eles, como irá administrar. A diferença está na vontade de fazer algo a mais a cada dia, evoluir em todos os sentidos.”
Considerado por muitos um dos maiores atletas de futsal da história do JEC/Krona Futsal, Leco já dividiu a quadra e venceu ao lado dos principais jogadores de futebol de salão como Falcão, Lenísio, Manoel Tobias e Vander Carioca. Perguntado sobre a principal característica desses atletas de alta performance, sinaliza a amplitude do esporte coletivo destacando a contribuição de cada jogador como uma peça de engrenagem fundamentais para o sucesso coletivo. Além de determinação, treino e foco. “A partir do momento que você tem propósito em algo é como se nascesse uma chama interna, uma combinação poderosa que te fará colher frutos, digo que qualquer um vai longe no que se propor a fazer, isso é o que levo para minha carreira e vida, é o que me motiva,” e acrescenta “independente do que irá fazer, faça com o coração e seja determinado, não desista nos primeiros obstáculos porque lá na frente a vitória é prazerosa.”
Entre os principais títulos da carreira estão: Campeão do Torneio da Malásia e dos Jogos da Lusofonia; Melhor fixo da liga futsal, Bicampeão Sul- Americano de Seleções e da Copa da China; Tetracampeão da Liga Nacional, Pentacampeão do Grand Prix e da Superliga de Futsal; Hexacampeão dos Jogos Abertos de Santa Catarina e da Libertadores da América, Heptacampeão da Taça Brasil de Clubes, Eneacampeão Catarinense de Futsal, mais de 500 jogos pelo JEC e outros 500 mais pelo Jaraguá Futsal ao longo da carreira.
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC
Renovigi conquista, pela segunda vez, prêmio Top de Marketing e Vendas 2020

A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC), realizou na noite de ontem (08/12) a entrega do Prêmio Top de Marketing e Vendas 2020. O tradicional reconhecimento aconteceu em Florianópolis, em evento com formato híbrido em função da pandemia de Covid-19. A Renovigi Energia Solar ganhou pela segunda vez na categoria indústria com o case “Influenciadores: estratégia para a consolidação nacional da marca Renovigi” e foi recebido pelo o gerente de marketing, Daniel Paulus e a colaboradora Priscilla Squillante.
Em sua 35ª edição, o prêmio teve como tema “Transformações que impulsionam o mercado” e premiou 26 organizações que foram avaliadas por uma comissão composta por professores da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Sobre o prêmio, que tem como proposta reconhecer as marcas catarinenses com relevantes estratégias de marketing e vendas, contribuindo para a conquista de resultados sólidos em suas atuações, o gerente atribui a preocupação social inerente da marca.
“Receber esse prêmio em um ano tão atípico, reforça ainda mais a importância do marketing para o sucesso das organizações. Em 2020 tivemos grandes desafios para conseguir manter a empresa sólida diante de todas as limitações, e uma das estratégias adotadas foi levar a marca ao conhecimento do consumidor, que estava em casa e notava, cada vez mais, o quão cara é a energia elétrica. A partir disso, estabelecemos parcerias com artistas que se tornaram nossos porta vozes,” explica Daniel.
ESSÊNCIA DE FAZER O BEM
Outro reconhecimento foi o Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC 2020 na categoria Participação Comunitária com o case “Energia do bem: Novo Olhar”, onde a Renovigi recebeu menção honrosa. O projeto foi criado em 2018 com a proposta de doar e instalar sistemas fotovoltaicos em entidades filantrópicas. Em 2019, o Energia do Bem beneficiou aproximadamente 150 instituições. A entrega do prêmio aconteceu em novembro, em Florianópolis e foi recebido pela Gerente de Pessoas, Débora Matté e a colaboradora Flávia Carvalho.
Para Débora, o reconhecimento reforça cada vez mais a postura adotada e que faz parte da base de valores da Renovigi, “uma trajetória marcada pela responsabilidade social, a exemplo do Energia do Bem, projeto que enche meu coração e brilha os olhos.”
EMPRESA CIDADÃ E TOP DE MARKETING
O prêmio Empresa Cidadã reconhece as marcas que fazem da responsabilidade social o seu melhor exemplo, produto e resultado. Além de fortalecer o investimento social privado, a premiação é uma ferramenta de transformação e desenvolvimento estadual. Já o Top de Marketing e Vendas 2020 premia as relevantes estratégias de marketing e vendas das marcas, contribuindo para a conquista de resultados sólidos em suas atuações.
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC
Laços de família

A música do Titãs já dizia: “Família, família. Papai, mamãe, titia, almoça junto todo dia, nunca perde essa mania.” Difícil encontrar alguém que não tenha na família o seu ponto de apoio. E não importa os perrengues, no final é quem está presente em todos os momentos. Esse ano, atípico em função da pandemia de COVID-19, reforçou ainda mais o quanto esse elo é imprescindível e que, inclusive, tem data comemorativa no calendário, em 8 de dezembro.
O colaborador da Renovigi Matriz, Ewerton Burin de 34 anos fez uma nova família de amigos em Chapecó. Natural de Osasco, São Paulo, aceitou uma oportunidade trabalho e se mudou em janeiro de 2017 com a esposa Cibele e os filhos Mateus, Pedro e Joaquim. Juntos há 15 anos, também são pais de Isac de 2 anos e da cachorrinha Poly. Há quatro anos em Chapecó, e pouco menos de um mês na Renovigi, quem olha para o expert em tecnologia se contagia com a alegria e motivação, atribuindo na família a força para enfrentar momentos difíceis.
“Quando você pensa em ter um filho planeja toda uma construção da vida dele. Seus sonhos, o que fará no futuro. Já tínhamos passado uma situação muito difícil com o Joaquim e quando a Cibele estava grávida do Isac recebemos o diagnóstico de síndrome de Down. Ela chorava desesperada e vimos todo nosso planejamento cair por terra,” conta Ewerton. O caçula ficou 30 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, como de imaginar, a família se uniu ainda mais e ofereceu todo apoio.
“Digo que a chegada do Isac nos deu uma nova oportunidade de enxergar a vida. Todos os dias é um passo a mais, a família inteira faz um descobrimento, ou melhor, um redescobrimento de algo novo, e quem traz isso é ele. Nos ensina todos os dias que as coisas não acontecem no nosso tempo e sim no tempo que tem que ser,” diz.
Junto com a mudança o distanciamento da família foi inevitável, mas mostrou que família não é apenas uma conexão de lanços sanguíneos, e sim de amizade, admiração e respeito. A proposta de trabalho surgiu de um desses laços feito com Ieda Kohls, coordenadora da área de Infraestrutura e Tecnologia da Renovigi, com quem já trabalhou e tem profunda admiração.
Leonardo Vetere, de 25 anos, assistente administrativo de suporte da filial Louveira compartilha da mesma opinião. “Família para mim são as pessoas que estão próximas e você tem amor. Às vezes dizem, essa pessoa não é nada sua, mas se você considera ela importante, se têm uma ligação, ela faz parte sim.”
Se a pandemia trouxe insegurança e mudanças significativas na rotina, também oportunizou novos olhares sobre os relacionamentos. A mãe de Leonardo é professora e com as aulas canceladas o tempo em casa aumentou, junto disso, os cuidados e amor em forma de almoços de mãe.
“Essa situação toda me deixou mais saudável, antes cozinhávamos a noite para esquentar no outro dia, agora chego em casa e a comida está quentinha.” Leonardo mora com os pais, mas a intenção é juntar as escovas de dente com o namorado, Ricardo com quem está há cinco anos. Sobre os maiores aprendizados com a pandemia, atribui a valorizar as pequenas coisas. “Nos acostumamos com o dia a dia e esquecemos de reconhecer o quanto é bom estar perto de quem amamos. As vezes brigamos por uma toalha molhada em cima da cama, mas quando ela não estiver lá sentiremos falta,” diz.
Essa maior proximidade também requer organização e calma caso as coisas não saiam conforme o esperado. Edna Canhassi de 32 anos está em home office com o filho, Lorenzo de cinco, desde março quando iniciou a quarentena. Sem aulas, a rotina da família precisou de ajustes e o escritório passou a ser compartilhado. “Ele acorda e já me chama, para ele o dia começa depois de muitos beijos e abraços. Ele quer mostrar as atividades, algo novo que descobriu, quer que eu participe, sinto que isso gera maior confiança”.
A auxiliar de logística da filial Louveira é casada há 10 anos com Daniel e acrescenta que os contras sempre revelam os prós. “Essa pandemia é algo que interferiu na vida de todos, mas o importante é visualizar a parte positiva, de estar junto, as pequenas coisas do dia a dia, como um passeio no final de tarde ou ir à praia e brincar de castelo de areia. Percebo que ele está crescendo e essa fase passa rápido demais.”
Sobre a data comemorado nessa terça-feira, Edna reforça a definição de família como base de tudo. “Tudo o que sentem eu sinto. Sem eles fico sem definição, não consigo lembrar como era mina vida antes”, e acrescenta a possibilidade de conciliar o trabalho com os cuidados do filho. “Sei que nem todas as mães têm essa possibilidade, por isso reforço o quanto a Renovigi teve preocupação, entrei na empresa no início do ano e logo em seguida surgiu a pandemia, tive medo de ser demitida, mas ao contrário, possibilitaram que conciliasse trabalhando em casa, no formato home office.”
Se a situação é difícil e pode parecer sem solução, Ewerton é exemplo em acreditar que a vida vale a pena ser vivida. Com a sogra e a avó em tratamento de câncer, diz existir alguém que zela por nós e aconselha: “Os problemas nos preparam para as vitórias, nos ensinam e fazem enxergar outros horizontes. Olho pra mim, para minha história e fico feliz pelo meu esforço e por tudo que conquistei.”
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC
Energia solar: a nova forma de investimento?
Você já deve ter ouvido a expressão “guardar dinheiro embaixo do colchão”. Uma tradição antiga que, provavelmente seus pais ou avós já contaram, inclusive, levavam a orientação na prática, com as economias guardadas para possíveis emergências.
Os tempos foram mudando, as opções de aplicações surgindo e claro, a insegurança em deixar as reservas em casa. Atualmente, em termos de investimento, as taxas de juros não têm sido tão atrativas e tem levado investidores a reverem suas práticas abrindo precedentes para novas alternativas, a exemplo da energia fotovoltaica.
Thiago Canal, gerente Regional de Vendas Sul da Renovigi, incentivou o irmão para essa nova modalidade de investimento. “Ele enquanto empresário não tinha um retorno considerável e em curto prazo. Por exemplo, se analisarmos as opções tradicionais de aplicações financeiras hoje, como poupança ou um Certificado de Depósito Bancário (CDB) comparado ao investimento em energia solar, ela se sobressai, principalmente pelo curto prazo de retorno (payback), entre três a quatro anos, sem contar na eficiência do sistema, com vida útil superior há 20 anos,” explica Thiago.
Outros pontos positivos da instalação de um sistema fotovoltaico correspondem a valorização de mercado do imóvel, os benefícios para o meio ambiente por ser uma fonte inesgotável e sem a emissão de poluentes e, a autonomia em relação a concessionária de energia elétrica. “A partir do momento que o cliente quitar o sistema, nesse caso, no período aproximado de quatro anos, ele dependerá apenas do sol. Brinco com o Mauro, meu irmão, que ele estará sentado no escritório e o sol gerando a energia e o rendimento financeiro. É algo fácil e que não depende de mais nada,” avalia Thiago que também é formado em Administração pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó).
O conselho foi levado a sério e o dinheiro investido no telhado da residência onde fica a Lolla Sex Shop do empresário e administrador Mauro Canal. Os 24 painéis com potência de 440w, foram instalados pela Biondotech, credenciada Renovigi de Chapecó que efetuou a venda, acompanhamento e execução do projeto.
NEGÓCIO DA FACULDADE
O empreendedorismo faz parte do DNA da família Canal além da formação em Administração. “A primeira vez que entrei em uma loja de produtos eróticos tinha uns 15, 16 anos e sempre me despertou curiosidade, eu gostava daquilo. Na época da faculdade, com meus 22 anos, em um dos trabalhos desenvolvi um projeto de negócio para implantação de uma loja desse segmento, porém, como trabalhava com o meu pai na fábrica de móveis para escritório, não coloquei em prática,” explica Mauro, que também é formado em Administração pela Unochapecó.
Não demorou muito e o projeto finalmente saiu do papel. “Chegou um momento, em que optei em tocar meu próprio negócio e abri uma franquia de cosméticos. A empresa durou dois anos e não foi pra frente, na verdade, acredito que quebrei,” admite Mauro. Foi a partir disso que surgiu a Lolla. “A situação me fez buscar alternativas, quando em uma conversa com um amigo ele disse: Mauro, por que você não abre aquele sex shop, fazem 15 anos que te conheço e ainda fala nessa loja, acho que vai dar certo. Foi então que comecei,” conta.
“O negócio era pequeno, dentro de casa e lembro como se fosse hoje do meu primeiro pedido no valor de R$ 300. O negócio foi crescendo e hoje, a Lolla Sex Shop também oferece os produtos na loja online para todo o Brasil.
SER EMPREENDEDOR NÃO É DIFÍCIL
Mauro é um dos dez milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs) conforme dados do Portal do Empreendedor, divulgados pelo Governo Federal – que projetaram ser donos do próprio negócio e estimulam o crescimento do empreendedorismo formal no Brasil.
Questionado sobre os desafios, ele é categórico e afirma “ser empreendedor hoje não é tão difícil como muitas pessoas falam, basta ter vontade e isso independente do ramo que escolher. Alguns empresários mal abrem o negócio e já estão desmotivados, reclamando do governo, dos impostos, da falta de cliente, do clima, e por aí vai. Claro que há empecilhos, como a carga tributária, onde o governo poderia ser um pouco mais flexível e específico nas políticas de impostos, mas daí não é o problema de ser empresário,” diz.
Acrescenta que é preciso trabalhar duro, ter comprometimento, encarar desafios. “Se me perguntarem se tenho vontade de
abrir outro negócio, respondo confiante que sim.” E para quem quer empreender, a dica é organização. “Coloque a ideia no papel, procure um contador, analise as ferramentas e o sistema que irá utilizar. Tenha controle financeiro e, principalmente diferencie pessoa física de jurídica. Vemos um grande número de pequenas e médias empresas ganhando dinheiro, não é só porque o negócio é bom, é porque é organizado,” indica o empresário.
CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL E ENERGIA SOLAR
Em termos de conscientização ambiental o empresário destaca a importância da preocupação coletiva, especificamente num trabalho com as próximas gerações. “O resultado futuro da conscientização ambiental será das crianças. Algo que deve iniciar em casa e muito reforçado na escola, reciclar, separar corretamente o lixo, economizar água e energia. Por que não criar disciplinas específicas? Vejo que nós adultos e até mesmo as pessoas mais antigas, temos dificuldade em alterar hábitos já enraizados, por isso, tão importante começar desde cedo para que quando crescerem, esteja intrínseco essa consciência social e ambiental.”
Enquanto em termos de energia fotovoltaica Mauro defende cada vez mais sua disseminação. “Qualquer pessoa pode ter na sua casa, seja pequena ou grande um sistema de energia solar. Vejo que as pessoas se preocupam muito em instalar segurança em condomínios, poderiam utilizar a mesma preocupação e investimento para as energias renováveis. Já pensou se a construção de um loteamento incluísse no seu projeto uma usina solar o quanto não colaboraria com a natureza? Seria uma transformação gigantesca.”
Izabel Aparecida Guzzon – Jornalista/MTE 5573/SC