Gustavo Müller Martins, presidente do Conselho de
Administração e CEO da Renovigi Energia Solar S/A
Historicamente, as datas de destaque e que são assinaladas atualmente, compreenderam a mobilizações coletivas por um bem comum. Organização de grupos para questionar e defender causas justas perante a democracia, desenvolvimento econômico e melhores oportunidades de trabalho. Comparo esse cenário com o atual momento que o segmento solar se encontra, a um passo da votação do marco legal, entidades representativas se organizam para que a união faça a força e, como algumas bandeiras, defender que o País deixe a solar crescer.
Nesse momento, a energia solar torna-se pauta na Câmara dos Deputados pelo Projeto de Lei 5829 do deputado Silas Câmara/Republicanos pela proposta de um marco legal e regulatório para o setor elétrico. Avalio, independente de interesses políticos ou grupos econômicos, postura imprescindível a aprovação do PL 5829, o que resultará em segurança jurídica e consequente expansão de investimentos no setor elétrico brasileiro. É um benefício para toda população, haja vista a importância e utilização de energias renováveis em diferentes níveis, como também, em termos de sustentabilidade.
A geração de energia elétrica através de painéis fotovoltaicos, já dispõe de tecnologias com preços competitivos para uso em larga escala. Em conjunto disso, estamos em uma das melhores regiões geográficas pela incidência de irradiação solar, vantagem natural que deve ser aproveitada. Do ponto de vista como empresário, vejo a geração própria de energia cada vez mais fundamental em termos de competividade e sustentabilidade para as empresas de pequeno, médio e grande porte. Além, do setor do agronegócio que tem pesado positivamente na economia brasileira, como mostram os recentes números do Produto Interno Bruto e, que pode se beneficiar com a solar.
O otimismo não é apenas meu, a Agência Internacional de Energia estima que a demanda de energias renováveis do mundo deve aumentar 50% até 2024. Uma conduta responsável a partir da luz do sol e não apenas a nível de Brasil. A China por exemplo, um dos países mais poluentes do mundo, vem fazendo movimentos em prol da energia solar e o governo passou a incentivar, com aporte financeiro, quem compra um carro elétrico. A sociedade está dando sinais, mostrando maior preocupação ao incorporar esse tipo de consumo e nos resta apoiar para que a união fortaleça ainda mais o segmento.